domingo, 22 de junho de 2008

Motos chinesas invadem o Brasil

Já passa de 30 o total de marcas chinesas de motocicletas presentes no Brasil, algumas com linhas de montagem local e outras importadas. Na lista feita pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo), nomes como Guangdong, Shineray, Zhejiang, Chituma, Panyu e Jailing. A maioria entrou no País nos últimos três anos, na garupa de um mercado que cresce há mais de uma década e passará de 2 milhões de unidades este ano. De janeiro a abril, as fabricantes de motos faturaram US$ 2,76 bilhões.

A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa)contabiliza 13 montadoras de motocicletas, das quais oito ligadas a marcas chinesas. Outras seis, também de origem chinesa, já tiveram projetos aprovados e devem instalar-se futuramente. Há ainda marcas que anunciaram projetos e não estão na lista da Suframa, como a Microservice e a Motor Z.

Juntas, as marcas chinesas representam quase 10% do mercado brasileiro - que de janeiro a maio soma 776 mil unidades - e começam a cutucar a gigante Honda, líder há mais de 30 anos. A montadora japonesa detém 71% das vendas, mas perdeu 15 pontos em relação ao início da década, quando dividia mercado com a Yamaha e marcas de luxo importadas.

A Yamaha também vem perdendo terreno e responde por 11,5% das vendas, enquanto a Suzuki tem 8,1%, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). A Sundown, com 4,7% do mercado, tem como fornecedoras as chinesas Qingqi e Zongshen. A Dafra, do grupo Itavema, tem 1,9% do mercado e recebe componentes da Lifan, Loncin e Zongshen.

O restante do mercado é pulverizado entre as demais marcas. Algumas são empresas de capital nacional que adquirem peças e tecnologia de fabricantes chinesas, como a Sundown, da Brasil & Movimento, e a Garinni, do grupo Itapemirim. Outras são apenas importadoras, como a Green e a MVK.

A Motor Traxx, que iniciou atividades em abril, é a única com capital 100% chinês, do grupo Jialing. A empresa já reviu de 25 mil para 36 mil sua projeção de vendas de motos para este ano. Em 2009, o salto será maior, para 80 mil unidades. “Ainda temos metade das vendas de produtos importados, mas a partir do segundo semestre todas as motos serão produzidas localmente”, diz Rogério Scialo, diretor-executivo da Traxx.

O grupo investiu US$ 20 milhões e, em 2009, virão mais US$ 20 milhões para ampliar a produção e introduzir novos produtos, entre os quais uma motocicleta de 600 cc. Hoje, a maioria das marcas chinesas atua com veículos de até 250 cc. “Seremos responsáveis pelas exportações para países da América do Sul, hoje feitas via China”, diz Scialo.

Inaugurada em janeiro, a Dafra também já reviu planos. Segundo o diretor-comercial, Haroldo Barroso, as projeções de vender 60 mil motos este ano subiram para 75 mil. Em 2009, passam de 90 mil para 128 mil unidades. “Em algumas capitais já temos 10% do mercado”, diz. O investimento inicial de R$ 100 milhões também terá acréscimo de 10%.

Luiz Abad Neto, gerente-geral da Kasinsky, que recebe peças das chinesas Lifan e Zongshen e da coreana Hyosung, projeta vendas de 20 mil motos este ano, 80% mais que em 2007. A linha de montagem inaugurada em 1999 produzirá mil unidades mensais e alguns modelos continuarão sendo importados. O grupo deve investir R$ 20 milhões a partir de 2009 para a ampliação da fábrica ou construção de novas instalações.

“Nossa expectativa é vender 50 mil unidades a partir de 2010”, diz Abad. Todas as empresas de Manaus podem importar kits para montagem, mas é preciso agregar componentes nacionais. Para não enfrentar a concorrência direta de outras fabricantes, a Kasinsky tem focado negócios no Nordeste, Centro-Oeste e interior paulista.

Para Scialo, nem todas as marcas que atuam no País hoje vão se manter. O primeiro teste virá em janeiro, quando entra em vigor nova legislação de emissões de poluentes. Com isso, as motos terão de receber injeção eletrônica, catalisador ou outra tecnologia que reduza de cinco para dois gramas a emissão de monóxido de carbono, entre outras medidas.

Notícia extraída d'O Estado de São Paulo.

3 comentários:

Artsy Now! disse...

Interessante esta matéria sobre as montadoras chinesas!

No link:
http://www.portaldoluxo.com.br/noticia_triumph.php

Tem uma matéria sobre as motos Triumph

Dá uma passada lá!

E aproveite e se cadastre na promoção

para concorrer a uma Montblanc

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Abraço,

Priscila

Rocio disse...

Eu acho que enquanto as motos são seguros, devemos ser feliz com isso, espero que todos possam usar o seu protegido Eu acho que temos que ter a proteção dos olhos para sempre comprar os óculos em eotica

Cláudio Barbosa disse...

Muito bacana a moto